Uma achega no que respeita a operações em pista oposta. Nas Lajes, aterragem e descolagem na pista que não é a pista-em-uso é o mais normalíssimo que pode haver, é o pão nosso de cada dia.
A selecção da pista-em-uso é feita com base na direcção do vento mas também no facto de uma pista estar mais servida por instrumentos que possam ajudar a aproximação e aterragem, e outros factores.
Qualquer piloto pode requerer o uso da pista que não é a que está em uso naquele momento. Será autorizado ou não pelo ATC consoante o impacto que isso poderá ter no tráfego a usar a pista que está realmente como pista-em-uso.
A SATA regional descola na pista 33 na maioria das vezes devido à proximidade da placa civil da cabeceira da 33. E fazem-no a partir da intersecção Alpha. Na aterragem, preferem a 15 quando regressam do Grupo Central (Graciosa, São Jorge, Pico e Faial) e do Grupo Oriental (Flores e Corvo).
Muitos sustos apanhei com os ATP a aterrarem ou descolarem com vento cruzada e mesmo com vento de cauda.
Num caso como um bird strike em que o motor tem de ser desligado, a tripulação toma a decisão com base em vários factores. E há procedimentos para descolagem com perda de um motor, com espera e tudo. Cada emergência é uma emergência e neste caso, se os ventos não impediam a aterragem na 15, pois então o melhor é colocar o pássaro no chão e ver os estragos. Pode até ser que a 15 fosse a pista em uso nesse momento. Mesmo o S4 gosta de descolar na 33 porque tem menos tempo de rolagem. A TAP faz a mesma coisa nos voos das Lajes.
Saudações