O fim da revista UP, a revista de bordo da TAP

[jopeg]

Chegou ao fim a "Up", a revista de bordo da TAP. “Tive sempre liberdade total”, diz diretora

"Up" era dirigida por Paula Ribeiro e distribuída desde há 13 anos a bordo dos aviões da companhia aérea portuguesa. Estava suspensa desde março e agora foi mesmo encerrada. Vem aí nova publicação.

Depois de 13 anos de edições mensais, chegou ao fim a revista Up, distribuída a bordo dos aviões da TAP e considerada uma das melhores publicações do mundo no seu segmento. A decisão foi comunicada à redação em setembro, através do departamento de marketing da companhia aérea portuguesa, que supervisionava a revista, mas desde o início da pandemia que a Up estava suspensa — devido ao encerramento do espaço aéreo e a posteriores diretrizes internacionais que impuseram o mínimo contacto físico a bordo dos voos comerciais.

A jornalista Paula Ribeiro, fundadora e diretora da revista da TAP, confirmou a notícia nesta segunda-feira ao Observador e disse que já em janeiro tinha sido informada de que a transportadora pretendia lançar um concurso público para escolha de um novo projeto editorial de bordo. “Não sei em que ponto está o concurso, resolvi não participar e a única certeza é de que nascerá uma nova revista em breve”, disse Paula Ribeiro.

Um porta-voz da TAP confirmou entretanto o “cancelamento definitivo”, o qual se deveu à “situação de força maior resultante da evolução global da pandemia e o consequente impacto muito significativo na operação da TAP”. Segundo a mesma fonte, a empresa lançou “um concurso conducente à produção da revista Up em formato digital”, por esta ser a “tendência global das congéneres” e “o caminho da sustentabilidade e proteção ambiental”.  “A consulta de mercado está em curso”, precisou o porta-voz, sem mais pormenores.

Mais em: https://observador.pt/2020/11/02/chegou-ao-fim-a-up-a-revista-de-bordo-da-tap-tive-sempre-liberdade-total-diz-diretora/

Jopeg

[VTO]

Bela revista, muita qualidade!

[VidocQ]

Eu gostava bastante da UP, acho que era das melhores em conteúdo quando comparada com as congéneres.
Claro que em tempos de crise era só uma questão de tempo até a cortarem, uma pena infelizmente, mas compreensivel.

[Flyz]

Acho que com um cachet de um milhão de euros por ano e entregue a uma empresa exterior, gerido por uma pessoa com ligações ao anterior anterior gestão já era tempo de acabar independentemente da revista ser boa ou não..

[toto1100]

A TAP não é propriamente uma empresa de comunicação social, por isso entregar o desenvolvimento da revista a uma empresa externa não é necessariamente uma coisa negativa.
Quem limpa os escritorios da TAP tambem suponho que nao sejam trabalhadores da empresa (só para dar um exemplo entre milhentas coisas que a TAP subcontrata a terceiros).

E mal ia a TAP se uma pessoa fosse automaticamente desqualificada de poder fazer alguma coisa só porque tem ligações à anterior gestão. Bora despedir toda a gente contratada pela anterior gestão, independentemente de serem bons ou não?

[Flyz]

Acho que se arranja qualquer coisa " in-house" por 83 000 € por mês para fazer uma revista (que nem a impressão dos mesmos incluía...)

[toto1100]

Claro que sim Na TAP são uns genios de gestão quando dá jeito, quando já não dá são os piores que nem contas sabem fazer.

[VidocQ]

Caro Flyz, arranjar "qualquer coisa" por esse preço arranja sempre...

Mas vai ser dificil arranjar gente in-house (com as qualificações +/- certas) para o fazer, visto a necessidade de cortar pessoal... e eu ainda compreendia se o objectivo fosse cortar completamente com a revista para pelo menos economizar o cachet gasto... agora com um novo concurso publico a não ser que seja para orçamentar 250k€-300k€ / ano (impressão incluida)...

[ma_lppt]

Mais um caminho para a lowcostizacao da Tap. Também era uma revista promotora da identidade da marca.

Olhar para a bolsinha da cadeira e  poder ler uma excelente revista em vez do catálogo de snacks era um dos sinais que estavámos a bordo de uma companhia de bandeira.

Oxalá que se arranje uma solução de compromisso com uma revista de produção mais barata mas sem perder qualidade.

[toto1100]

Eu da minha parte acho €83k uma ninharia para o que aquilo é (além de que o preço real é menor porque a revista tem publicidade, que se supõe seja paga à TAP). Na minha empresa já gastamos €25k para "meia-duzia" de flyers promocionais (com atores a fazer coisas e tal, todos sempre muito contentes da vida) com aspeto muito menos "high-end" do que p.e. as promoções fotograficas que a UP tinha.
É certo que não foram pagos por nós (era para clientes) e por isso os incentivos são diferentes, mas mesmo assim (e se apresentassemos um preço absurdo o cliente tinha ido para outro lado).
E como se costuma dizer "if you pay peanuts, you get monkeys".

[CS-TOA]

Desde fevereiro do ano passado, que as revistas passaram a embarcar apenas em alguns assentos. Claramente já era um indicador, que mais tarde ou mais cedo, a revista iria desaparecer.